Boletín digital de la ALA, enero 2022

A tensão essencial e as suas alavancas: entre a tradição e a mudança, a Pandemia e os Arquivos

Maria Cristina Vieira de Freitas
Representante de Portugal en el GE RIBEAU ALA
cristina.freitas@fl.uc.pt

Como dissera Kuhn (1982), a “tensão essencial” funciona como uma espécie alavanca para as revoluções científicas e surge do embate entre as forças da tradição e da inovação, no seio da “ciência normal”. Nos seus “estudos seletos sobre a tradição e a mudança no âmbito da ciência”, Khun reafirma que as mudanças, enquanto fenómenos, confirmam que as pessoas e as comunidades (científicas, humanas, sociais) não são insensíveis aos enfoques divergentes, diferentes e fraturantes.

Na Era COVID, e provavelmente na Era Pós-COVID, onde também embatem a tradição e a inovação, é – e será – preciso conhecer e atuar em cenários cada vez mais cambiantes. Na opinião de especialistas, alguns dos pontos essenciais à compreensão dessas mudanças, e das suas tensões, fazem parte de uma agenda de trabalho extensa e complexa. Centremo-nos, pois, em alguns dos seus aspetos.

Enquanto fenómeno, a transformação digital – que também impacta os Arquivos e as demais instituições que lidam, no seu dia a dia, com a informação – adquiriu uma maior visibilidade no contexto pandémico. De facto, a pandemia COVID-19 tornou-a em algo obrigatório no cenário de empresas e de outros setores e serviços, entre os quais incluem-se os Arquivos. As diferentes estratégias desencadeadas pelos Governos para decretar os sucessivos confinamentos, desconfinamentos e (re) confinamentos aceleraram a Volatilidade, a Incerteza, a Complexidade e a Ambiguidade próprias dos ambientes econômicos, com reflexos diretos nas suas infraestruturas sociais, políticas e tecnológicas. Num cenário pós-pandémico e já com a lição devidamente aprendida, as organizações inteligentes [a nosso parecer, os Arquivos se encontram nesse rol de instituições] terão de resolver estas questões e investir na melhoria da sua maturidade digital, tornando-se mais flexíveis e menos vulneráveis a novos acontecimentos imprevistos e, no limite, mais competitivas (Fletcher, & Griffiths, 2020). No que respeita aos estilos e formas de organização e execução do trabalho, antes mesmo da pandemia, algumas mudanças já vinham sendo sentidas, como, por exemplo, a rápida disseminação da oferta de serviços tecnológicos, que se tornariam indispensáveis​​ao teletrabalho (e.g. plataformas 5G, serviços em nuvem, ferramentas de videoconferência etc.) (Kodama, 2020). Após a primeira vaga pandémica, em certos momentos, o teletrabalho passaria de tendência a obrigação, o que provavelmente deverá continuar, pelo menos em alguns setores, mesmo depois de a pandemia ceder. Para compreender melhor estas questões e os seus impactos, serão precisas mais pesquisas, capazes de responder aos seguintes desafios: como o trabalho remoto realizado nas organizações poderá desencadear mudanças ao nível das políticas e das culturas organizacionais, a médio e longo prazo? Como serão definidas as novas regras e práticas nos cenários pós-pandémicos? Como o apoio e o bem-estar de colaboradores/a será garantido? Como tornar essa modalidade de trabalho sustentável e fomentar práticas de gestão de informação, à distância, que sejam realmente benéficas e produtivas? (Guyot, & Sawhill, 2020). A nosso parecer, enquanto organizações, os Arquivos podem, e devem, aproveitar o atual contexto e as questões aqui levantadas, para refletirem sobre o seu papel, as dificuldades, os progressos, os desafios e os constrangimentos observados nos diferentes cenários pandémicos provocados pelos sucessivos confinamentos, desconfinamentos e (re) confinamentos, tornando-os em lições e em aprendizagens que sejam benéficas para a qualidade dos diferentes serviços que continuarão a prestar (nas suas diferentes formas de prestação: presencial ou à distância) às suas comunidades de uso.

A par com esses temas, vistos, aparentemente, como mudanças positivas, no plano social são lançados, no entanto, duras críticas e olhares argutos sobre as implicações trazidas pela pandemia, no que respeita ao uso massivo das tecnologias de informação e comunicação, especialmente, no âmbito dos comportamentos informacionais, dos modelos de negócio, da cibersegurança e da privacidade dos dados (Davison, 2020). Num tal sentido, alguns dos temas largamente mencionados têm sido: o controlo e a vigilância tecnológica; as estratégias de big data; a privacidade das informações; a “infodemia”; os ecossistemas de dados; as adaptações aos comportamentos de informação atuais; a reorganização dos locais de trabalho; a manutenção do distanciamento social (Doyle, & Conboy, 2020; Pana, & Zhang, 2020).

No contexto pandémico, a comunicação digital desempenhou – e tem desempenhado – um importante papel no apoio à saúde mental e na manutenção das relações sociais e familiares, sobretudo, nos sucessivos períodos de distanciamento e de isolamento social. Não obstante, também se transformou num campo de batalha para diferentes e perigosas “narrativas”, contribuindo para a disseminação de informações falsas ou desatualizadas. Paralelamente, um dos mais controversos usos atribuídos às tecnologias de informação e comunicação, nesse período, terá sido o de adoção de rastreamento digital e notificação de exposição por meio de smartphones. Mas, se houve defensores/as do uso destas tecnologias para que cidadãos e cidadãs, e autoridades médicas, fossem notificados/as relativamente a possíveis contactos com pessoas infetadas, houve também detratores/as, que propugnaram por um modelo de negócio que privilegiasse a “privacidade em primeiro lugar” (privacy-first) e não os “dados em primeiro lugar” (data-first) (Fahey, & Hino, 2020), instaurando-se assim o dilema (ou a tensão). Na opinião de especialistas, a falta de consenso advinha da falta de confiança no sistema, quanto à capacidade de proteger os dados privados de usos ilícitos e de exposição das pessoas, estando de facto em jogo avultadas oportunidades de negócio, ocultadas sob o pretexto de agir em proveito do bem comum. No inconsciente coletivo, estes progressos foram – a ainda são – vistos com desconfiança, propugnando-se, inclusive, por estratégias de ofuscamento dessas tecnologias, com o fito de evitar que essas recolhas massivas de dados passassem a ser alvo de armazenagens [e de explorações] centralizadas (Fahey, & Hino, 2020). Como é bom de ver, estas estratégias em nada se coadunam com os princípios e as orientações que guiam as tarefas cotidianas levadas a cabo nos Arquivos, enquanto instituições que privilegiam e dão acesso aos conteúdos sob a sua custódia, sem fins lucrativos e para fins académicos, culturais, jurídico-administrativos ou científicos, sem descurar que, em qualquer dos casos, o direito ao acesso não poderá implicar o desrespeito pelo direito à salvaguarda da privacidade da informação, sempre que tal se justifique.

Numa outra vertente, observou-se um crescimento em mais de 60% do uso das plataformas digitais durante primeiro surto pandémico (Holmes, 2020). Quanto mais o distanciamento social e as medidas de confinamento se espalharam, mais as pessoas voltaram-se para as redes sociais. Futuramente, no entanto, serão precisos estudos que nos levem a compreender melhor o papel que a partilha de notícias focadas em estratégias de autodivulgação (ou seja, de informações partilhadas para o bem-próprio ou para a autopromoção social) desempenharam em comparação com as estratégias de heterodivulgação (ou seja, das informações partilhadas para o bem público, para a comunidade) (Nabity-Grovera, Cheungb, & Thatcherc, 2020). Neste último âmbito, indiscutivelmente, afirmaram-se social e comunitariamente – e ainda podem vir a afirmar-se ainda mais – , equipamentos culturais de grande valor, como sejam: arquivos, museus, bibliotecas, entre outros. O estudo do papel desempenhado por estas instituições nesses diferentes contextos será também de grande valia para o autoconhecimento e posicionamento futuro.

Sem prejuízo do que foi dito, o lado mais perverso da questão, que ainda falta compreender com um pouco mais de distância, foi o facto de as redes sociais também terem sido usadas na disseminação da propaganda e do ódio, gerando uma “desinformação” que confundiu e provocou clivagens sociais. Toda essa onda digital disruptiva encontra-se no limiar de uma Era da Pós-verdade, que contamina o meio social, causando danos, alguns dos quais irreparáveis (Bunker, 2020). Estas são – e serão – “doenças paralelas” e erosivas, que precisam ser mais bem conhecidas e combatidas. O desafio que se nos coloca é o de nos tonarmos cada vez mais humanos num mundo cada vez mais digital, exercendo o direito e o dever de informação e de autocontrolo face à informação (Sein, 2020).

A lista do que fazer é, de facto, extensa… e leva-nos a algumas incontornáveis constatações. Muito provavelmente, será preciso investir massivamente em dois tipos fundamentais de literacia:  informacional e psicossocial (Iivari, Sharma, & Ventä-Olkkonen, 2020). Isto, porque serão igualmente necessárias melhorias substantivas: i) nas habilidades e nas competências a acionar para integrar essas ferramentas digitais em práticas de Ensino/Aprendizagem frutíferas; ii) numa rede de apoio psicológico (com recurso ao reforço de comportamentos positivos e mitigação de comportamentos negativos); iii) em sentimentos e comportamentos de resiliência, criatividade e perseverança e na confiança – como contrapontos essenciais aos comportamentos nocivos e às resistências à mudança. Como é bom de ver, também neste capítulo, os equipamentos culturais [os Arquivos, naturalmente, aqui também se enquadram] desempenham – e irão desempenhar – um papel fundamental.

Quanto ao futuro da Humanidade, Yuval Noah Harari, na obra “21 lições para o século XXI” (2018), deu-nos pistas importantes. Na última lição, intitulada “Meditação – Observar simplesmente”, Harari convoca-nos ao autoconhecimento e à auto-observação, definindo-os como exercícios que nos levam ao encontro da subjetividade, enquanto dimensão particular do que somos e do que fazemos. O uso desta estratégia é, e será, inevitável para percebermos que, no meio de todas essas tensões – de facto essenciais – existe, tal como previra Kuhn (1982), uma real oportunidade de crescimento. Ou seja, ainda vamos a tempo, ainda podemos encontrar alternativas, porque – enquanto Humanidade – possuímos as ferramentas que nos permitem ultrapassar todas essas dificuldades. Tudo depende – e dependerá – das escolhas que fizermos no presente.

Se celebró la Asamblea General Ordinaria de la ALA 2022 en Guadalajara, Jalisco, México.

El pasado 27 de enero de 2022, se llevó a cabo la Asamblea General Ordinaria de la Asociación Latinoamericana de Archivos (ALA), teniendo como sede la Casa Zuno, Archivo Histórico de la Universidad de Guadalajara (UdeG). En esta reunión anual, además de reunir a miembros de la Asociación de manera virtual, dio cita de manera presencial a miembros provenientes de México.

En la Asamblea se destacaron varios puntos, entre ellos el informe expuesto por la presidenta de la ALA, Emma de Ramón Acevedo, quien resaltó el aumento de miembros en un 71%, además de los favorables resultados del programa de capacitación de la ALA en 2021.

Por su parte los grupos de trabajo de la ALA presentaron su informe de actividades, destacando la colaboración con el programa de actividades de la ALA, a través de sesiones de capacitación y conversatorios, además de exponer los logros y proyectos para 2022.

Se presentaron los avances en la planeación estratégica ALA 2020-2024 y sobre el proyecto “Sistema Iberoamericano Digital de Recursos Archivísticos” (SIDRA), el cual será presentado el 6 de abril, fecha del 49º aniversario de la ALA.

Por otro lado se presentaron dos diplomaturas que se iniciarán actividades en 2022 en colaboración con la Universidad Autónoma de San Luis Potosí y con la Universidad de Guadalajara.

El diplomado “Diplomado en Archivística, Gestión de Documentos y Administración de Archivos”, se trabajó con la coordinación general de Anna Szlejcher, coordinadora del GE RIBEAU y la coordinación general académica de Alejandra Villar y Fabián Hernández, de la Universidad de la República de Uruguay.

Para anunciar públicamente este programa educativo, se contó con la presencia de la Dra. Celia Mireles, directora de la Facultad de Ciencias de la Información de la Universidad Autónoma de San Luis Potosí. Al final de la Asamblea se llevó a cabo la firma del convenio marco de colaboración entre la Universidad y la ALA.

La segunda diplomatura que se presentó fue la correspondiente al “Diplomado en Dinamización Cultural de los Archivos”, la cual se trabajó con la coordinación general de Marco Enríquez, secretario ejecutivo de la ALA y la coordinación general académica a cargo de Ramón Alberch, coordinador del Grupo de Trabajo para la dinamización cultural de los archivos de la ALA.

Para anunciar públicamente este programa educativo, se contó con la presencia de la Dra. Adriana Ruiz Razura, coordinadora fundadora de la Maestría en Gestión y Desarrollo Cultural de la Universidad de Guadalajara.

Finalmente, se informó que el pasado 19 de enero se tomó la decisión para elegir a la sede del evento del12º Seminario Internacional de Archivos de Tradición Ibérica SIATI, conmemorativo al 50º Aniversario de la ALA, la cual se llevará a cabo en México en las instalaciones del Poder Judicial del Estado de México.

En el marco de la Asamblea el miércoles 26 de enero, en el Auditorio del Centro Universitario de Ciencias Económico-Administrativas de la Universidad de Guadalajara se llevaron a cabo las conferencias:

“La gestión de riesgos en los archivos para la defensa y promoción de los Derechos Humanos en Chile”, a cargo de Emma de Ramón, Presidenta de la Asociación Latinoamericana de Archivos (ALA) y directora del Archivo Nacional de Chile.

Y la conferencia “Buenas prácticas en los archivos para la apertura de la información y garantía de los Derechos Humanos”, impartida por Severiano Hernández, Subdirector General de Archivos Estatales de España y vocal de la ALA.

El viernes 28 de enero, teniendo como sede al Colegio de Jalisco, se llevó a cabo la Conferencia “De cóndores y jueces: reflexiones archivísticas sobre una investigación judicial”, a cargo de Giulia Barrera, Directora de la Superintendencia de Archivos y Bibliografía de Calabria Italia. La mesa de discusión presencial estuvo compuesta por

Emma de Ramón, presidenta de la ALA y directora del Archivo Nacional de Chile,

Mercedes de Vega, ex presidenta de la ALA y ex directora del Archivo General de la Nación de México y Jaqueline Garza Placencia, profesora investigadora del Colegio de Jalisco. Para finalizar la jornada se organizó una vista al Archivo Histórico del municipio de Zapopán Jalisco, encabezada por Sofia Camarena, directora del recinto.

 

Agradecemos su participación, su compromiso y apoyo para seguir las actividades organizadas en el marco de la Asamblea.

La Asociación Latinoamericana de Archivos extiende la más cordial bienvenida como miembros en la categoría C a:

México

Congreso del Estado de Guanajuato
Lic. Alberto Macías Páez
Director del Diario de los Debates y Archivo General del Congreso del Estado de Guanajuato
Teléfono: 4731219437
Correo electrónico:
amacias@congresogto.gob.mx y
archivogeneral@congresogto.gob.mx
www.congresogto.gob.mx/archivo-general

Y en la categoría D a:

JULIO RICARDO BUSTOS ARGENTINA
SARY PAOLA ALVAREZ BENAVENTE PERÚ
SEBASTIÁN VALDEBENITO TORRES CHILE
YESICA GUADALUPE HERNANDEZ DE POU REPÚBLICA DOMINICANA
CÉSAR ANTONIO HERRERA Y CAIRO GUERRERO MÉXICO
MAYRA ILIANA BRAVO GUILLÉN ECUADOR
JUDITH AMÉRICA CORTÉS COLÍN MÉXICO
Vía Archivo General de la Nación – Argentina.

El 31 de enero de 1813 comienza a sesionar la Asamblea General del Año XIII, la primera convención con objetivo constituyente.

El Archivo General de la Nación conserva su Fondo documental.

#Sinergiaala                   #Conmemoraciones                @AGNArgentina
Accedé a su descripción aquí:
Vía Archivo Nacional de Cuba.

El 28 de enero se cumplieron 182 años de que por real orden se creara el Archivo de la Real Hacienda Primer Archivo de la Isla de Cuba.

Como parte de la celebración por el #aniversario182, los trabajadores del Archivo Nacional iniciaron su jornada con la firma del Código de Ética de los Archiveros Cubanos.

#Sinergiaala                   #Conmemoraciones                @ArchivoNacional
Vía Arquivos Portugal.

A propósito da assinatura do Tratado de Madrid (Trato de limites das conquistas), firmado na capital espanhola entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI de Espanha a 13 de Janeiro de 1750, publicamos a sua ratificação, http://digitarq.arquivos.pt/details?id=4614583. Este documento encontra-se na coleção “Tratados” do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

#Sinergiaala                   #Conmemoraciones
Vía Poder Judicial del Estado de México.

¿Es usted una de las muchas mujeres que temen al matrimonio? ¿Se siente débil? ¿Sufre de dolores todos los meses? ¿Tiene miedo de los dolores de la maternidad? ¡No se preocupe más! Existe un remedio. El compuesto vegetal de Lydia E. Pinkham ha devuelto las fuerzas y la salud a millares de mujeres como la Srta. Blanca, quien lo tomó por dos meses: “Todas mis dolencias han desaparecido”. Si tiene irritabilidad y dolores periódicos, no dude en comprarlo en todas las farmacias.

AHPJEM, Instituciones Siglo XX, Justicia, Civil Jilotepec, 1922, fs. 44.
#Sinergiaala          #Cuentanlosdocumentosque          @PJEdomex
Vía Archivo General de la Nación de República Dominicana.

El AGN custodia mapa miniaturado de la isla de Santo Domingo, donde se observan las principales ciudades, puertos, sistemas montañosos, ríos, lagos, topónimos de ciudades e islas adyacentes.

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